26.1.15

Dear diary...

I had suicidal thoughts again.

2.6.14

Ter a consciência limpa é sinal de perda de memória.

30.5.14

O encontro

  O primeiro encontro visto pelo outro ponto de vista.

  Dia 28 de Maio, 2014. Um dia aparentemente normal, como todos os outros.
A meteorologia apontava para chuva. Deus andara a prometer um verão quente com as últimas quedas de água. Lourenço, eu, acordei naquele dia sobressaltado com o toque do despertador. Dormira apenas três horas. O suficiente para aguentar um dia que prometia ser especial. Tinha um encontro marcado para as catorze horas, em Leiria.
Às doze, entrei no autocarro que me levaria a Leiria. Estava cansado – fruto do dia anterior, e com sono. Iria encontrar-me com Tânia, uma rapariga que demonstrara ser interessante e, por causas que terei de perguntar a Deus, mexeu com a minha pessoa. No autocarro, acabei por não dormir: passei a viagem a conversar com um estrangeiro que encontrara por acaso. O jovem era super acolhedor e vi ali uma oportunidade de passar o tempo.
Chegámos a Leiria à hora prevista. Fiquei automaticamente encantado com a cidade! Tânia anunciara que chegaria atrasada 15min, o que se prolongou por quase 30 min. Sentia-me cansado, mas tranquilo. A minha companhia de viagem seguiu o seu caminho e disse me antes de ir embora:
-Até um dia irmão Lourenço! E bom namoro! – atirou, com um sorriso sarcástico.
Como se tratasse de uma peça de teatro, segundos depois, Tânia liga-me anunciando a sua entrada em cena! – ‘Tás onde?
- E tu, ‘tás onde? É mais fácil assim!
- Ah, já te vi! – disse Tânia prontamente.
Olhei para o meu lado direito e a sua pessoa caminhava na minha direção com uma saia super elegante, meias de vidro e um andar tímido e meio descoordenado. Gostei da forma como entrou em cena. Eu sorri. Ela retribui-me com um sorriso que me deixou a pensar se foi efeito do meu contagiante sorriso. Meio atabalhoada, quisera beijar meu rosto.
- Na cara? – perguntei surpreso.
Apanhei-a de surpresa. Posicionou-se para um “chocho” seco e rápido.
Após uma ou duas horas a conhecer a cidade e após uma pausa para o lanche, fomos até a um jardim, de certa forma movimentado e calmo. Sentámo-nos num banco sem apoio. Ela sentou-se na ponta do banco. Eu estava por trás, de pernas abertas. Quando me encostei à sua pessoa para a massagem anunciada, uma brisa passou por nós como se a natureza adivinhasse o desfecho.
Toquei-lhe nos ombros descaídos. Estava tensa, contraída. Pedi-lhe para fechar os olhos – Vais levar a tua consciência às diferentes partes do teu corpo que eu for referindo. Fecha os olhos e relaxa.
A sua pele era tão macia...
Passei as minhas mãos pelos seus ombros e pescoço, vincando-as bem sobre os seus esternocleidomastóideos tensos.
Sem aviso prévio, Tânia solta um suspiro que fez par com um ligeiro tremor que percorreu todo o seu corpo. Aquela mensagem avisou os meus neurónios e chegou ao cérebro mais rápido que a luz. Senti vontade de virar-lhe o rosto ligeiramente e beijá-la, mas contive-me. A paciência é a minha maior virtude, aquela era a minha praia, é naquilo que eu sou bom, que domino. Dar prazer a uma mulher através das preliminares era, para mim, ser como um peixe dentro de água!
As minhas mãos percorreram a sua cintura, enquanto sussurrava de leve no seu ouvido:
- O teu corpo está leve, muito leve...
- Tu ‘tás a provocar-me. ‘Tás a tocar em zonas...
A frase ficou suspensa no ar.
O clima ficou tenso, como se, de repente, a primavera ficasse verão. Os meus lábios secos tocavam de leve o seu pescoço. As minhas mãos percorriam todas as suas costas, como se procurassem algo. Os meus sussurros eram irritantemente excitantes, a minha voz estava pausada e suave, sempre no mesmo tom. Toda essa combinação oferecia uma consequência a Tânia: gemia de leve. As mãos entrelaçadas entre as pernas trémulas passavam a mensagem de que estava a prestes acontecer uma explosão dentro dela, uma explosão de sensações eróticas e excitantes.
Atrevido, passei as mãos pela sua barriga firme e fui subindo até ao seu peito, que me pareceu desenhado com o rigor de um arquiteto veterano. Tânia gemeu e contraiu-se de forma tão descarada, que os seus movimentos a obrigavam a ficar com o tronco ereto. Aquilo excitava me, dava-me gozo: aquela rapariga que mexera comigo por telefone tornava-se cada vez mais interessante. Queria explorá-la, conhecer cada milímetro do seu corpo, beijá-la intensamente, fodê-la com profissionalismo, lambê-la, mordê-la, arranhá-la. Queria que ela se sentisse minha entre quatro paredes. Ela, mesmo sem se mexer, estava a aumentar a minha tesão. Mas eu mantinha me firme, sempre no controlo. O seu cheiro era fresco e suave remetia-me para a natureza e paz interior. Era inebriante, tão viciante… Inspirei profundamente e soltei-a, pois o melhor estava para vir.

17.4.14

Boys

Fazendo uma introspeção e analisando a minha vida pessoal, questiono-me que raio de pessoa (supostamente normal e respeitável) sou eu. Vejamos porquê.
Boy number one - fomos apresentados por uma boa amiga em comum. É o tipo de rapaz que nunca passará de um fuck budie. Digamos que ele não é uma pessoa apaixonável, uma vez que é incapaz de nutrir sentimentos que passem além do desejo. Ainda assim, é uma pessoa super interessante e uma ótima companhia. É ótimo para beber uns copos e para encontros regulares.
Boy number two - conhecemo-nos há cinco anos e, ao longo do tempo, começámos a desenvolver sentimentos pelo outro. No início achava que era amor, mas era uma garota, sabia lá o que é isso. Ainda hoje não sei o que é. Com o tempo, comecei a pensar que era apenas aquela dedicação que o fazia vir de Sintra até à modesta aldeia leiriense que me atraía nele. Mais que desejada, ele fazia-me sentir querida e amada. Os nossos encontros pouco regulares mas intensos reforçam ainda mais as minha opiniões.
Boy number three - conhecido na Net, tornou-se uma pessoa com alguma proximidade, dadas as parecenças que encontrámos entre nós. As chamadas noturnas e as videochamadas via Skype foram nos aproximando cada vez mais, mas, quando arranjou uma namorada, quase abri uma guerra declarada contra ele. Senti uma espécie de revolta que não sabia se se devia à perda de exclusividade ou ao ego ferido. Estava mais que provado que eu, aqui ao longe, nunca iria impedi-lo de ter relações sérias com alguém que dele está próximo. Nem sei o que me passou pela cabeça para achar que isso aconteceria. As nossas conversas, que se baseavam em desabafos, conselhos e até algum flirt, passaram a palavras curtas e cheias da minha raiva. Com um pouco menos de hostilidade, decidimos marcar um encontro para nos conhecermos pessoalmente. Estaria tudo bem, se ele não me pegasse de surpresa e me beijasse em plena rua. Depois dos tiros atirados um ao outro e dos destroços que ficaram da quase relação normal que tínhamos, não imaginava que as coisas descaíssem para esse lado, até porque não houve flirt durante o tempo todo que estivemos juntos.
Que raio de pessoa sou eu que se sente insatisfeita com a atenção de três pessoas totalmente distintas? Incapaz de me sentir completa, vou procurando não sei bem o quê nos braços de outra pessoa. O mais estranho ainda é que eu nem sei se sinto realmente algo por essas pessoas. Será carência extrema?

Airplanes

Viajar de avião é uma coisa detestável. Todo aquele tempo à espera, check-in, andar com malas atrás, percorrer aeroportos intermináveis... E o pior é mesmo estar dentro daquela coisa. Os enjoos, as náuseas, a falta de espaço que me magoa os joelhos... É horrivel aquela compressão e descompressão... Doze horas depois e ainda me doem os ouvidos. Bah!

23.3.14

Sick of this

Mais uma vez venho eu reclamar da minha aparência, reclamar que não tenho quem se preocupe quando quem mais se deveria preocupar sou eu. Quem me vê de longe deve achar que passo o dia a comer porcarias mas a verdade é que o peso vem aumentando ao longo dos anos sem eu perceber realmente porquê. Faço exercício regularmente mais que duas vezes por semana, sempre fiz, e não, não estou a falar das aulas de física. Realmente, o meu desespero está a atingir patamares preocupantes.

2.2.14

Back Again

  Ora viva. Tenho este hábito de desaparecer durante meses e voltar como se nada fosse. Mas, claro, um blog não é uma obrigação. Não tens de escrever todos os dias ou todas as segundas feiras.
  Muita coisa mudou. Seria mau se não mudasse. E agora, mesmo que quisesse passar mais tempo por aqui, seria impossível. Ainda que tenha apenas aulas de manhã, o final do secundário exige muito mais do que se espera. Só uma coisa nunca muda: o meu estado civil. E, pensando bem, acho que estou bem assim. Hasta la vista.

22.9.13

Debate Semanal #1

  A vontade de ser mãe já despertou há algum tempo. Imagino-me a cuidar dele, a dar-lhe de mamar, agar-lhe nos dedinhos, sentir aquela paz só de olhar para ele, protegê-lo...
  Não o farei agora. Bebés precisam de conforto, comida, cuidados... todos aqueles bens que não posso dar agora. Por outro lado, precisam de estabilidade, uma mãe que saiba separar o bom do menos bom, que saiba deixar o filho cometer os seus erros, que o saiba criar para o mundo e não para si, que o saiba criar com "as doses certas" (a dose certa de carinho, a dose certa de regra e disciplina, por aí fora). Mas sei que um dia serei capaz de fazer tudo isso. Seria até um desgosto se não fosse fértil, mas há outras maneiras de ser mãe. Um dia há de chegar esse momento. Assim espero. :)
  Ser mãe não me preocupa. O "ser pai" é que me preocupa. Encontrar o homem que queira ser progenitor e pai é que é mais complicado. Encontrar o homem decente que queira ser responsável por colocar uma vida no mundo, cuidar dela e, sobretudo, ser pai. Ser verdadeiramente pai. Estar lá nos momentos felizes e de angústia, não fugir quando tudo corre mal ou pôr as culpas na mãe quando algo dá para o torto, saber lidar com adolescentes em climas de tensão, dar atenção e saber sorrir mesmo quando o dia não correu bem... Isto, sim, é difícil encontrar. E eu até estaria disposta a abdicar de um pai para ser mãe.
  É aqui que surge o meu dilema: seria justo, para com o meu filho, privá-lo de ter pai, só porque quis ser demasiado protetora?

4.9.13

Síria

  Será que podemos chorar por eles, pelos inocentes desconhecidos? Podemos fazer alguma coisa? Podemos protestar? Será que podemos fazer mais do que apelar? Será que podemos impedi-los de matar, exterminar, executar a sangue frio? Que podemos nós fazer, deste lado do mar? Nós, eu, tu, meros civis. Faremos mais do que baixar a cabeça e deixar que a sangria continue? Podemos?
  100 mil vidas. Não consigo nem imaginar cem mil batatas, quanto mais cem mil vidas.
  Por favor, que podemos nós fazer?

1.9.13

Wondering

  Pergunto-me se a idade não me deveria deixar mais reservada, mais discreta, menos sociável. A verdade é que a simpatia e a boa companhia não me trouxeram amizades nem aventuras de "A" grande. Pergunto-me se não estará na altura de fazer grandes mudanças.