30.5.14

O encontro

  O primeiro encontro visto pelo outro ponto de vista.

  Dia 28 de Maio, 2014. Um dia aparentemente normal, como todos os outros.
A meteorologia apontava para chuva. Deus andara a prometer um verão quente com as últimas quedas de água. Lourenço, eu, acordei naquele dia sobressaltado com o toque do despertador. Dormira apenas três horas. O suficiente para aguentar um dia que prometia ser especial. Tinha um encontro marcado para as catorze horas, em Leiria.
Às doze, entrei no autocarro que me levaria a Leiria. Estava cansado – fruto do dia anterior, e com sono. Iria encontrar-me com Tânia, uma rapariga que demonstrara ser interessante e, por causas que terei de perguntar a Deus, mexeu com a minha pessoa. No autocarro, acabei por não dormir: passei a viagem a conversar com um estrangeiro que encontrara por acaso. O jovem era super acolhedor e vi ali uma oportunidade de passar o tempo.
Chegámos a Leiria à hora prevista. Fiquei automaticamente encantado com a cidade! Tânia anunciara que chegaria atrasada 15min, o que se prolongou por quase 30 min. Sentia-me cansado, mas tranquilo. A minha companhia de viagem seguiu o seu caminho e disse me antes de ir embora:
-Até um dia irmão Lourenço! E bom namoro! – atirou, com um sorriso sarcástico.
Como se tratasse de uma peça de teatro, segundos depois, Tânia liga-me anunciando a sua entrada em cena! – ‘Tás onde?
- E tu, ‘tás onde? É mais fácil assim!
- Ah, já te vi! – disse Tânia prontamente.
Olhei para o meu lado direito e a sua pessoa caminhava na minha direção com uma saia super elegante, meias de vidro e um andar tímido e meio descoordenado. Gostei da forma como entrou em cena. Eu sorri. Ela retribui-me com um sorriso que me deixou a pensar se foi efeito do meu contagiante sorriso. Meio atabalhoada, quisera beijar meu rosto.
- Na cara? – perguntei surpreso.
Apanhei-a de surpresa. Posicionou-se para um “chocho” seco e rápido.
Após uma ou duas horas a conhecer a cidade e após uma pausa para o lanche, fomos até a um jardim, de certa forma movimentado e calmo. Sentámo-nos num banco sem apoio. Ela sentou-se na ponta do banco. Eu estava por trás, de pernas abertas. Quando me encostei à sua pessoa para a massagem anunciada, uma brisa passou por nós como se a natureza adivinhasse o desfecho.
Toquei-lhe nos ombros descaídos. Estava tensa, contraída. Pedi-lhe para fechar os olhos – Vais levar a tua consciência às diferentes partes do teu corpo que eu for referindo. Fecha os olhos e relaxa.
A sua pele era tão macia...
Passei as minhas mãos pelos seus ombros e pescoço, vincando-as bem sobre os seus esternocleidomastóideos tensos.
Sem aviso prévio, Tânia solta um suspiro que fez par com um ligeiro tremor que percorreu todo o seu corpo. Aquela mensagem avisou os meus neurónios e chegou ao cérebro mais rápido que a luz. Senti vontade de virar-lhe o rosto ligeiramente e beijá-la, mas contive-me. A paciência é a minha maior virtude, aquela era a minha praia, é naquilo que eu sou bom, que domino. Dar prazer a uma mulher através das preliminares era, para mim, ser como um peixe dentro de água!
As minhas mãos percorreram a sua cintura, enquanto sussurrava de leve no seu ouvido:
- O teu corpo está leve, muito leve...
- Tu ‘tás a provocar-me. ‘Tás a tocar em zonas...
A frase ficou suspensa no ar.
O clima ficou tenso, como se, de repente, a primavera ficasse verão. Os meus lábios secos tocavam de leve o seu pescoço. As minhas mãos percorriam todas as suas costas, como se procurassem algo. Os meus sussurros eram irritantemente excitantes, a minha voz estava pausada e suave, sempre no mesmo tom. Toda essa combinação oferecia uma consequência a Tânia: gemia de leve. As mãos entrelaçadas entre as pernas trémulas passavam a mensagem de que estava a prestes acontecer uma explosão dentro dela, uma explosão de sensações eróticas e excitantes.
Atrevido, passei as mãos pela sua barriga firme e fui subindo até ao seu peito, que me pareceu desenhado com o rigor de um arquiteto veterano. Tânia gemeu e contraiu-se de forma tão descarada, que os seus movimentos a obrigavam a ficar com o tronco ereto. Aquilo excitava me, dava-me gozo: aquela rapariga que mexera comigo por telefone tornava-se cada vez mais interessante. Queria explorá-la, conhecer cada milímetro do seu corpo, beijá-la intensamente, fodê-la com profissionalismo, lambê-la, mordê-la, arranhá-la. Queria que ela se sentisse minha entre quatro paredes. Ela, mesmo sem se mexer, estava a aumentar a minha tesão. Mas eu mantinha me firme, sempre no controlo. O seu cheiro era fresco e suave remetia-me para a natureza e paz interior. Era inebriante, tão viciante… Inspirei profundamente e soltei-a, pois o melhor estava para vir.

Sem comentários: