O primeiro encontro visto pelo outro ponto de vista.
Dia 28 de Maio, 2014. Um dia
aparentemente normal, como todos os outros.
A meteorologia
apontava para chuva. Deus andara a prometer um verão quente com as últimas
quedas de água. Lourenço, eu, acordei naquele dia sobressaltado com o toque do despertador.
Dormira apenas três horas. O suficiente para aguentar um dia que prometia ser
especial. Tinha um encontro marcado para as catorze horas, em Leiria.
Às doze,
entrei no autocarro que me levaria a Leiria. Estava cansado – fruto do dia
anterior, e com sono. Iria encontrar-me com Tânia, uma rapariga que demonstrara
ser interessante e, por causas que terei de perguntar a Deus, mexeu com a minha
pessoa. No autocarro, acabei por não dormir: passei a viagem a conversar com um
estrangeiro que encontrara por acaso. O jovem era super acolhedor e vi ali uma
oportunidade de passar o tempo.
Chegámos a
Leiria à hora prevista. Fiquei automaticamente encantado com a cidade! Tânia
anunciara que chegaria atrasada 15min, o que se prolongou por quase 30 min.
Sentia-me cansado, mas tranquilo. A minha companhia de viagem seguiu o seu
caminho e disse me antes de ir embora:
-Até um dia
irmão Lourenço! E bom namoro! – atirou, com um sorriso sarcástico.
Como se
tratasse de uma peça de teatro, segundos depois, Tânia liga-me anunciando a sua
entrada em cena! – ‘Tás onde?
- E tu, ‘tás
onde? É mais fácil assim!
- Ah, já te vi!
– disse Tânia prontamente.
Olhei para o
meu lado direito e a sua pessoa caminhava na minha direção com uma saia super
elegante, meias de vidro e um andar tímido e meio descoordenado. Gostei da
forma como entrou em cena. Eu sorri. Ela retribui-me com um sorriso que me deixou
a pensar se foi efeito do meu contagiante sorriso. Meio atabalhoada, quisera
beijar meu rosto.
- Na cara? – perguntei
surpreso.
Apanhei-a de
surpresa. Posicionou-se para um “chocho” seco e rápido.
Após uma ou
duas horas a conhecer a cidade e após uma pausa para o lanche, fomos até a um
jardim, de certa forma movimentado e calmo. Sentámo-nos num banco sem apoio.
Ela sentou-se na ponta do banco. Eu estava por trás, de pernas abertas. Quando me
encostei à sua pessoa para a massagem anunciada, uma brisa passou por nós como
se a natureza adivinhasse o desfecho.
Toquei-lhe nos
ombros descaídos. Estava tensa, contraída. Pedi-lhe para fechar os olhos – Vais
levar a tua consciência às diferentes partes do teu corpo que eu for referindo.
Fecha os olhos e relaxa.
A sua pele era
tão macia...
Passei as
minhas mãos pelos seus ombros e pescoço, vincando-as bem sobre os seus esternocleidomastóideos
tensos.
Sem aviso
prévio, Tânia solta um suspiro que fez par com um ligeiro tremor que percorreu todo
o seu corpo. Aquela mensagem avisou os meus neurónios e chegou ao cérebro
mais rápido que a luz. Senti vontade de virar-lhe o rosto ligeiramente e beijá-la,
mas contive-me. A paciência é a minha maior virtude, aquela era a minha praia,
é naquilo que eu sou bom, que domino. Dar prazer a uma mulher através das
preliminares era, para mim, ser como um peixe dentro de água!
As minhas mãos
percorreram a sua cintura, enquanto sussurrava de leve no seu ouvido:
- O teu corpo
está leve, muito leve...
- Tu ‘tás a
provocar-me. ‘Tás a tocar em zonas...
A frase ficou
suspensa no ar.
O clima ficou
tenso, como se, de repente, a primavera ficasse verão. Os meus lábios secos
tocavam de leve o seu pescoço. As minhas mãos percorriam todas as suas costas,
como se procurassem algo. Os meus sussurros eram irritantemente excitantes, a
minha voz estava pausada e suave, sempre no mesmo tom. Toda essa combinação
oferecia uma consequência a Tânia: gemia de leve. As mãos entrelaçadas entre as
pernas trémulas passavam a mensagem de que estava a prestes acontecer uma explosão
dentro dela, uma explosão de sensações eróticas e excitantes.
Atrevido,
passei as mãos pela sua barriga firme e fui subindo até ao seu peito, que me pareceu
desenhado com o rigor de um arquiteto veterano. Tânia gemeu e contraiu-se de
forma tão descarada, que os seus movimentos a obrigavam a ficar com o tronco ereto.
Aquilo excitava me, dava-me gozo: aquela rapariga que mexera comigo por
telefone tornava-se cada vez mais interessante. Queria explorá-la, conhecer
cada milímetro do seu corpo, beijá-la intensamente, fodê-la com
profissionalismo, lambê-la, mordê-la, arranhá-la. Queria que ela se sentisse
minha entre quatro paredes. Ela, mesmo sem se mexer, estava a aumentar a minha
tesão. Mas eu mantinha me firme, sempre no controlo. O seu cheiro era fresco e
suave remetia-me para a natureza e paz interior. Era inebriante, tão viciante…
Inspirei profundamente e soltei-a, pois o melhor estava para vir.
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