As aventuras de primavera/verão

Andava, há dias atrás, a viciar os meus joguinhos de tirinhos quando, sem saber porquê, um desconhecido ( o J) se atreve a comentar a minha prestação como jogadora de FPS (First Person Shot, coisas de geeks). Nos mundos paralelos aos reais, lá trocámos "Facebooks", afinal nada de mal poderia acontecer, já que o meu perfil é quase público e de lá não se vê nada mais do que o que eu queira mostrar. Entre conversa fiada, lá descobrimos que somos da mesma cidade e que na realidade moramos a 15 minutos de distância.
No dia seguinte, teria de comentar a estranha coincidência com uma amiga minha ( a F). E, depois de muita especulação e entusiasmo por parte dela (...), desvendamos a última peça do puzzle. Eles (a F e o J) são conhecidos de longa, longuíssima data (mas ao que sei, não passou disso).
O moço era, então, de confiança e boa pessoa (e, por sinal, de boa aparência). Apenas, uma ligeira diferença de idades. Interessante foi a reação dele ao saber que somos amigas. Conversa vai, conversa vem "Ah, que tal vires aqui amanhã?" e sem grande hesitação, lá respondi que sim. Sempre nos vimos.
Devo desde já dizer que é uma personagem autêntica: muitos tiques, uma maneira diferente de pensar, religiões completamente diferentes, conversas sobre astros, enfim... Extravagante e extrovertido. Um encontro fora do normal e do esperado. Apareceram amigos dele e o tempo aproveitado foi escasso. Mas o que foi aproveitado, foi realmente agradável. Entre balanços de braços, nota-se um ligeiro clima, uma ligeira aproximação. Mas como sempre, quando se chega às melhores partes, alguém tem de partir.
Eram 18:30h e eu tinha de apanhar o último autocarro em direção a casa.
Será que dará frutos? Ele não parece negar qualquer ínfima aproximação feita pela minha parte.
A ver se é desta, porque não é todos os dias que se encontra uma pessoa fora do vulgar de forma invulgar. O segundo encontro está para breve...