20.2.12

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Eu espero, sonho, adormeço. Caio como uma gota de chuva em busca do mar sem antes evaporar. Arrefeço ao som da brisa e espero pelo abraço acolhedor. Espero o cobertor protetor que me transporte para longe, tal como a Aladin. Que me leve a cada canto do prazer e felicidade. A cada canto do meu ser. A cada sombra escondida. Que me embale ao movimento da respiração e que me olhe nos olhos. Que me decifre por entre os meus mais profundos códigos secretos. Que me descubra por baixo dos escombros em que me tornar quando tudo correr mal. Procuro um espelho que relembre a minha essência e que seja o meu Sol quando tudo escurecer. Não terá de ser a minha cama, mas poderá bem ser a minha almofada, impedindo que alguma lágrima caia no chão.
Eu sonho com o dia em que chegares e me levares até aos confins do mar. Com o dia em que me levares a descodificar o som da Natureza. Com o momento em que me deixares penetrar-te profundamente, como nunca ninguém o fez, sugar-te as forças. Quando recuperares, lá estarei para o fazer outra e outra vez. Sonho com o dia em que libertares e me deres ao mundo, tal como me tentei eu dar.
Na areia adormeço ouvindo os teus passos. Estarás perto? Estarás longe? Chegarás algum dia? Adormeço a pensar que sim.

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei, sigo*